quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A volta do humor


Durante toda a trajetória da humanidade, as manifestações conseguiram mudar rumos e trazer esperanças para aqueles que lutavam. As grandes mudanças ocorrem a partir de reivindicações organizadas, manifestos inteligentes que conseguem atingir a opinião pública e o povo em geral. Isso aconteceu em vários momentos da história do Brasil e trouxe ganhos enormes para o nosso país.

Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu as piadas feitas com candidatos em programas de rádio e TV. Essa decisão, que parte da Lei Eleitoral, vigente desde 1997, poderia acabar com uma característica marcante de todo o processo eleitoral: o humor como forma de protesto, a sátira inteligente que cobra apesar do tom irreverente. Numa união pela democracia, vários humoristas reuniram-se na praia de Copacabana, fazendo um manifesto contra essa forma velada de censura. Artistas de várias emissoras de TV e rádio mostraram a importância das parcerias e a força da união.

O Ministro Ayres Brito, vice-presidente do Supremo suspendeu na ultima quinta-feira, 26, a eficácia do inciso II do art. 45 da Lei Eleitoral, que proíbe o uso de “trucagem, montagem ou outro recurso de áudio e vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito”. Isso que dizer que o ministro liberou a sátira política.

Nem tudo está perdido! Ainda há um pouco de esperança em meio a isso tudo. Mais uma vez, a rede de multiplicadores deu resultado. “Um mais um” fez a diferença mais uma vez. Isso prova que não podemos ficar parados, alheio a tudo que acontece sem reagir. A classe artística venceu a primeira batalha. Sei que virão outras e a reação tem que ser essa: indignação seguida de protesto. Tudo com muita inteligência, sabendo tirar proveito de todas as situações, adquirindo experiências e vivências. Somar! Ideias, atitudes, conceitos... Isso faz a diferença; faz com que consigamos encontrar, nas mais adversas situações, soluções definitivas; torna-nos capazes de lutar a favor de um ideal transformador.

Um abraço,

Adenor Simões 4045 - PSB

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