sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Steve Soderbergh e o esporte



Tenho por hábito, como apaixonado por cinema, rever filmes de todas as épocas. Algumas pessoas acham uma perda de tempo. “Para que ver um filme de novo se ele permanece imutável?”, podem se perguntar. “É muito melhor ver algo novo”. Bem, o interessante para mim é que os filmes mudam com o tempo. Os bons filmes, aqueles que me fazem pensar, têm o poder de mudar e revelar novas facetas, sempre refletindo o meu espírito de então. Detalhes que antes eram despercebidos passam a ter uma força assustadora. Personagens menores, antes coadjuvantes, mostram características novas. O mocinho, com sua racionalidade impassível e sua insistência em não cometer erros, perde um pouco da graça para o vilão, com sua história cheia de nuances e sua psicologia complexa, e ainda mais para o anti-herói (meu favorito) que reflete o homem comum, cheio de dúvidas, erros e acertos. Uma linha dentro de um diálogo de um filme, que a certa altura da vida não tinha tanta força, passa a ter uma carga poderosa em outras ocasiões. Portanto, bons filmes são sim mutáveis e revê-los é sim uma prática bastante saudável.

Outro dia tive a oportunidade de rever mais um. Um contemporâneo. Trata-se do Traffic (2000), de Steve Soderbergh, uma contundente abordagem sobre as drogas e o crime organizado que elas envolvem. Quem não conhece (acho que poucos por se tratar de uma obra relativamente recente), deveria ver. O filme aborda o assunto sob três diferentes óticas: a do czar do governo americano contra o tráfico (juiz- um tipo de secretário de justiça) cuja filha é uma viciada, a mulher de um traficante que tem o marido preso e se vê “obrigada” a assumir os negócios e um policial honesto mexicano (uma ilha em meio a um mar de corrupção) que vive dentro da hipocrisia de um sistema onde polícia e bandido dependem do tráfico e do seu dinheiro. Essas três abordagens se entrelaçam, com a participação de informantes, generais, assassinos de aluguel, políticos “marketeiros”, traficantes menores, policiais que se sentem pequenos e inúteis dentro de um esquema tão grande. O filme é realmente bom e conserva, dez anos depois, muito do seu frescor. Até porque o tema está mais vivo do que nunca (como se viu nos debates eleitorais recentes). Não é a toa que a obra ganhou 4 oscars (entre outros prêmios) inclusive o de melhor diretor, muito merecido para um sujeito do qual eu sou fã desde Sexo, Mentiras e Videotape (1989).

Mas alguém pode estar se perguntando: e o esporte do título desse texto? Bem, tem uma determinada cena desse filme, onde o policial honesto mexicano (estupendamente interpretado por Benicio Del Toro), solta uma frase certeira, de uma simplicidade cortante: “Os parques e praças deveriam estar iluminados para que as crianças possam praticar baseball, senão elas acabam sendo mulas (aviões) do tráfico”. Enquanto os governantes tentam estratégias mirabolantes para deter o envolvimento do jovem com o tráfico, o cara vem com essa. E é verdade. Não estou aqui dizendo que a prática regular e acompanhada de esportes sozinha seria 100% efetiva para evitar o contato das crianças e jovens com esse mundo. Mas, com certeza, abriria mais uma opção na vida de pessoas sem muitas escolhas. Uma opção onde os heróis (modelos) são atletas que lidam com a saúde, com o espírito de equipe, com a disciplina, com o comprometimento em relação a metas. E não sujeitos armados até os dentes, cujo trabalho é gerenciar a distribuição de um vício enquanto protege as costas do ataque de um rival.

Agora eu pergunto: Quantas quadras e piscinas públicas existem na sua cidade? Quantos habitantes existem para cada uma delas? Em que condições elas se encontram? Existe manutenção? Quantos projetos relacionados ao esporte, de órgãos públicos ou privados, existem na sua cidade ou bairro? Por que um país com quase 200 milhões de habitantes pratica, proporcionalmente, tão poucas modalidades esportivas (futebol magnânimo, seguido timidamente por alguns outros poucos)? Por que temos tão poucos números e estatísticas relacionadas ao esporte no Brasil (como o controverso censo esportivo de 2003)? Quantos potenciais atletas nós já perdemos por conta do nosso abismo social? A Copa e as Olimpíadas serão eventos estritamente turísticos, ou deixarão um legado para o esporte no país? Caso o objetivo seja deixar um legado, não estamos atrasados em nosso propósito? Por que a memória do esporte no Brasil é tão apagada (pergunte para qualquer jovem sobre quem foi Maria Esther Bueno, Éder Jofre ou João do Pulo)?

Não dá para terminar esse texto de outra forma: é por essas e outras, que essas e outras acontecem.

Voltaremos a tratar disso.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sobre a persistência



No século XIX, um garoto americano desenvolveu um grande sonho: queria ser um inventor. Graças aos livros que devorava durante a infância, esse garoto já sabia desde cedo o que queria da vida. Mas, infelizmente, na escola a coisa era diferente: "O garoto é confuso da cabeça, não consegue aprender" dizia um professor.

Ele teve que trabalhar duro na adolescência. Vendia jornais, sanduíches, doces e frutas dentro dos trens. Os seus problemas de audição, graças a uma escarlatina na infância, se agravaram muito nessa época, chegando a uma surdez precoce.

Até o dia em que ele consegue patentear o seu primeiro invento: uma máquina de votar direcionada ao Congresso Americano. Ninguém se interessou. Ele muda então de cidade, esfomeado e sem dinheiro, e continua a sua busca.

O nome desse garoto é Thomas Edison: o inventor da lâmpada elétrica e do fonógrafo, do microfone e do projetor de cinema, entre tantas utilidades que ele criou ou aperfeiçoou ao longo de uma vida trabalhada quase até o final de seus 84 anos.

É dele a frase: “Todo homem pode alcançar êxito se dirigir seus pensamentos numa direção e insistir neles, até que aconteça alguma coisa”.

É exatamente assim que eu me sinto e o meu pensamento não muda. Quero fazer com que a Cultura e a Educação sejam as molas do nosso desenvolvimento.

Obrigado aos 9505 amigos que concordam comigo. Vamos continuar multiplicando.

Um grande abraço. A busca continua.

Adenor Simões

domingo, 3 de outubro de 2010

Chegou a Hora



"Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor”.

O brasileiro tem a oportunidade de definir o rumo dos próximos quatro anos. Muitos acham que é o momento da despedida, do adeus, pois a campanha acabou. Eu penso que não; a partir de agora vamos intensificar ainda mais esse contato, essa manifestação de amizade e de confiança.

Quero agradecer a todos por tanto carinho. Todas as mensagens no Orkut, no Facebook, no e-mail, os comentários aqui no blog demonstraram o quanto a amizade, os multiplicadores podem mudar o rumo da história. Muito obrigado a todos. Terminamos mais um ciclo. Depois de três meses de muito suor, muita luta, podemos enfim respirar aliviados, pois fizemos o certo. Independente do resultado de amanhã, que tenho certeza que vai ser positivo, estou muito feliz e emocionado. A cada dia de trabalho uma surpresa, a cada contato com o eleitor um abraço de carinho com a sinceridade que precisei e me fez ter força para chegar até aqui. A correria agora dá lugar a um sentimento gostoso de missão cumprida.



Para terminar, queria colocar a letra da música que traduz toda a nossa campanha. Um grande abraço a todos. Muito obrigado por tudo e em breve estaremos juntos numa nova jornada.



O Sal da Terra

Composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra



Adenor Simões, 4045 - PSB

sábado, 2 de outubro de 2010

Contagem Regressiva


Falta um dia. Véspera das eleições e o sentimento é o mesmo: equilíbrio. O nervosismo toma conta dos pensamentos, mas sei que temos que ter harmonia em todos os momentos. Falta um dia, como eu disse. O um, segundo a numerologia, diz respeito às pessoas que lideram. Também é o número que traz coragem e independência. Engraçado com todos esses números ilustraram toda a nossa caminhada. Fui, desde o início, corajoso, independente e lutei contra muitos que achavam que o dinheiro é o mais importante numa corrida eleitoral. Estamos, agora, no mesmo barco, sendo analisados por milhares de eleitores.
Nossa contagem regressiva termina amanhã. Às cinco horas da tarde estaremos todos convictos que fizemos o possível para mostrar a todos o nosso compromisso com a verdadeira política. É importante destacar todos que me ajudaram. Por isso escrevo no plural, pois é uma forma de mostrar que sozinhos não conseguimos nada. Lá no início da campanha, eu disse que ia precisar de todo mundo. Um mais um sempre é mais que dois, como diz a música. Somamos, compartilhamos e mostramos que dá pra fazer uma campanha baseada nas propostas, no contato direto com o eleitor, sem grandes jogos publicitários, sem grandes truques de imagem, sem se camuflar atrás de grandes quantias. Espero poder retribuir a todos, trabalhando em prol do bem comum.

Um abraço,
Adenor Simões, 4045 – PSB

Contagem Regressiva


Meus amigos. Faltam apenas dois dias para as eleições. A nossa contagem regressiva está chegando ao fim. Domingo é o grande dia, é quando poderemos mudar muito do que está errado e dar oportunidade para quem está chegando com ideias novas. O dois, na numerologia, O dois, segundo a numerologia, diz respeito às pessoas que lideram. Liderar depende da vontade e da segurança de saber o que fazer. É assim que eu encaro as coisas na minha vida: com segurança, sabendo que procuro fazer o certo, pautar na verdade e buscar o melhor para todos. Foram três meses de muita luta, correria, mas com muita harmonia, pois pude contar principalmente com os amigos e com os multiplicadores, que tornaram real o sucesso da nossa campanha. Como uma grande família, pudemos compartilhar todos os momentos numa grande confraternização em prol dos mesmos ideais.
Vamos seguindo na nossa contagem. Falta pouco, muito pouco. Tenho certeza que todos que trabalharam pela multiplicação das nossas propostas, que cada um que entrou pra essa grande família onde o respeito e a confiança são a base da nossa relação está orgulhoso, independente de qualquer resultado. Independente do resultado das urnas, sairemos mais fortes e mais unidos para nossas futuras caminhadas.

Um abraço,
Adenor Simões, 4045 – PSB

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Contagem regressiva


Como o tempo passou rápido! Os dias voam quando estamos envolvidos numa situação agitada como as eleições. É muito bacana, porém, ver que conseguimos alcançar as pessoas da forma mais verdadeira: por meio de propostas, discussões, debates e do contato mais próximo com os amigos e eleitores. Contando de hoje, faltam três dias para as eleições. Apenas três. Fui pesquisar o que significa esse número.
Três é o número da harmonia e do equilibrio. Está ligado a alegria. Nada mais apropriado para o momento. Fizemos uma campanha livre, com o único compromisso de mostrar a verdade, com muito equilíbrio e respeito aos eleitores e candidatos. E claro, muito entusiasmo. Prova disso está no apoio e carinho que tenho recebido por onde eu passo. Um sentimento verdadeiro, digno das grandes relações de amizade e confiança. Cada vez mais tenho a sensação de que fizemos o certo nessa campanha. Fomos verdadeiros e tivemos a consciência de que esse seria o melhor para todos nós.
A contagem regressiva continua. Temos pouco tempo para analisar e ver quem são os mais compromissados com o interesse dos eleitores. Fique atento e analise com calma o que os candidatos propõem; escolha aquele que pensa pelo bem comum, sem particularizar suas ações.

Abraços,

Adenor Simões 4045 - PSB

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Primavera


Dia 23 de setembro começa a primavera, a estação preferida de muitos. Preferida talvez por ser, até certo ponto, uma forma de reestruturar a vida, de deixar florescer os nossos sentimentos e desejos. A Natureza assume a responsabilidade e manda de presente uma energia que renova, que consegue trazer esse espírito esperançoso. A vida acompanha as estações do ano. Elas moldam o nosso humor, o comportamento, a vida em geral. O verão, que traz alegria, é a estação das amizades; é quando saímos para fortalecer as relações, estreitar os laços. O outono traz aquele sentimento de parar para abastecer. É como naquelas fábulas, que a formiga trabalha para se preparar para os dias mais difíceis. Mais do que isso, vejo o outono como uma época para abastecer a alma acumulando energias para conseguir vencer as dificuldades. O inverno, que muitos gostam, faz com que fiquemos mais reservados. Aí vem a Primavera, e com ela a mais bela das manifestações da Natureza. Todas as cores se revelam numa explosão de brilho, numa policromia de esperança.
Estamos muito perto das eleições e queria que esse espírito de mudança trazido pela primavera se reflita no comportamento de todos para que os eleitores possam buscar a melhor opção para representá-los. Vamos tentar mudar as coisas para melhor. Renovar, levar a novidade para a Câmara Federal; mudar com responsabilidade de cidadão consciente. Vamos tentar e lutar pelo melhor!

Um abraço
Adenor Simões 4045 - PSB